segunda-feira, 27 de maio de 2013

3 Casos de Policia

O prefacio do livro já diz tudo se o Chico Anysio tivesse nascido na Inglaterra se chamaria Charles Chaplin, o homem e um genio mesmo. Uma pena que só damos valor apos a morte, este livro da uns 3 filmes dos bons mesmo que adaptado para a realidade Brasileira se bem que acho que foi esta a ideia do autor. Narrando crimes no exterior mais parecendo que isto poderia acontecer aqui, este livro também vou doar.
Quem saiba consiga viciar mais alguém?
E no final do livro ainda tem este texto, que "roubei"


Chico Anysio, por ele mesmo...

“Eu sou ruim em datas, haja vista que nasci em 1931, e minha carteira garante ter sido em Abril de 1929. Por ter minha Irmã nascido no dia primeiro de Julho de 29, e não sendo minha mãe um fenômeno capaz de gerar uma criança em dois meses e pouco, tudo fica por culpa do cartório de Maracanaú, que me mandou a certidão errada.
         Nasci em Maranguape, no Ceará, em um sitiozinho pequeno e simpático que ainda existe, e que pertence a um parente-de um-certo modo Maranguape foi um pequeno paraíso, o éden da minha infância durante sete gloriosos anos. Ali eu comecei a entrar  na vida, a conhecer o mundo e- tão importante como- aprendi a ler sozinho. Com oito anos de idade, em um tempo em que as crianças não tinham acesso aos problemas ou as decisões da família, apenas me lembro do dia em pegamos um navio para o Rio.
         Por acaso, sou ator. Ator porque dois terço da minha vida eu dediquei a este trabalho no qual um faz o papel de medico ou palhaço, de chofer ou milionário, de mendigo ou pastor de almas, seja la qual personagem for . Isto e que eu faço.
        O ano de 1957 foi especial para mim. Aconteceram muitas coisas inesquecíveis. Neste ano estreei na televisão. Haroldo Barbosa me escalou para interpretar um tio nordestino no programa Ai vem Dona Isaura, escrito por ele e estrelado  por Ema D`Avila, na TV Rio. Sou homem de televisão. Continuo fazendo meus shows nos teatros pelo Brasil, mas o primeiro dinheiro e da televisão. Um show e feito para ser visto e ouvido, e não para ser lido. Quanto mais perto da verdade eu estiver, mas perto do agrado eu me ponho.
E, ainda me resta, no teatro, o direito de ir acertando o espetáculo. Eu posso ir mudando, a cada apresentação, ate chegar ao ponto desejado. Esta e uma vantagem enorme que o teatro da ao ator: o direito de se corrigir. E esta e uma das grandes desvantagens do cinema... como ator de cinema, atuei em algumas chanchadas, sempre fazendo pequenos papeis, porque não tinha tempo, vivia ocupadíssimo. Passei parte da vida enfurnado na televisão , fazendo shows e escrevendo livros.
      Quanto ao humorista, geralmente estes começam imitando alguém. Comigo não foi diferente. A minha vitima foi um professor de Frances que tive. Professores, alias, são um prato cheio para qualquer aluno tirar um sarro. Com certeza, humor e uma questão de gene, de genética. Todos os meus irmãos são muito divertidos, meus filhos idem, ate o mais novinho, Rodrigo, que e meu e da Zélia, e engraçado. Todos eles quando vem me visitar, sempre aparecem co piadas e casos engraçados.
      Minha vida como humorista profissional se iniciou no radio, paralelamente a minha atividade de radialista. Eu já tinha uma facilidade em imitar vozes e conhecia o Jose Vasconcellos. Foi nos programas humorísticos que tive a chance de atuar junto a monstros como Grande Othelo, Chocolate, Batista Rodrigues, Luis Brandão, Dália Garcia, entre outros. E aprendi que não se deve competir, quando se trabalha. Os comediantes não dividem, somam.
    Muita gente acha que utilizo os velhos comediantes, em meus programas, simplesmente para ajudá-los. Enganam-se. Utilizo-os muito mais por esperteza. Eles me ensinam sempre. Hoje tenho 209 personagens criados, e os tiro da vida, do que meus olhos vêem nas calçadas, nos campos de futebol, nos estúdios, nas casas que freqüento, nos restaurantes. O mundo e minha inspiração. Não gosto muito dos personagens feitos em cima de um bordão. Sei que este tipo de personagem funciona porque o bordão e mais rapidamente difundido “pega” com maior facilidade, mas, em contrapartida, a vida dele e bem mais curta. Ele “estoura” depressa e muito depressa vira cinza. Parece absurdo dizer que um personagem, pra mim, e um ser de vida paralela a minha. Já disse que não gosto de personagem isolado, prefiro o grupo. Seria preciso um livro inteiro para fala de todos, coisa que, alias, faz parte dos meus planos...
     E por falar nisso, o Chico escritor surgiu por insistência de minha mãe. Eu sempre desconversava. Que não sabia, não podia, que não valia a pena, que ninguém publicaria, que não tinha tempo. A ultima desculpa era a única e verdadeira. O livro era coisa que fazia parte do meu ideal, mas não pintava tempo. Ate que deu. Combinei com Rubem Braga e Paulo Rocco e, em 50 dias, escrevi  3 livros de 140 paginas cada.
    As criticas, se não eram maravilhosas, nunca foram desfavoráveis. Eu nunca tive a ousadia de querer me comparar um desses monstros sagrados da literatura, mas eu tenho uma vantagem sobre eles modéstia a parte. Soube dessa vantagem pelos livreiros: 
   -“seus livros põem dentro das livrarias pessoas que nunca entraram em uma. Vem gente que não sabe nem se pode tocar em um, se pode abrir uma pagina e dar uma lida. E o mais importante, Chico: sempre voltam, pedindo outro ou uma sugestão sobre o que devem levar para ler”

    E eu espero que este aqui seja mais um desses...”



quinta-feira, 16 de maio de 2013

O Silêncio da Chuva



costumo dizer que cada um tem vicio (gosto) o meu e o radio AM e a literatura, nada cultural diga-se de passagem. O Silencio Da Chuva, fui mais livro que me prendeu neste vicio não sou nenhum especialista em leitura muito menos um critico de literatura, quem saiba terei o prazer de ver os governantes gastem um por cento do que gastam  incetivando o futebol.Este livro diferentemente dos outros já passei para frente, quem sabe traga alguem para este meu "vicio".